quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lançamento do 2º zine collage

http://www.flickr.com/photos/pastore4life/

A morada do artista


construção da morada

A leitura do mundo precede a da palavra




um texto:


“A vida como é”
diria o milheiro de poetas enquanto o sol ilumina esquentando a carcaça.
O sol marca dez horas da manhã correndo atrás do ônibus que passa caramujo á diezel de avenida. Artifícios veiculares: a vida em repentes crônicas diárias, momentos em solavancos levantam a tampa do bueiro e o subsolo vem a tona.
Aspirais nos conservam, neuroses nos consomem e este vento que sopra de repente respira aliviado, de antemão, a liberdade sombra da arvore existente dentro da gente, contínua e pouco alimentada. Nua benção a quem desfruta frutos matinais, ao fim da tarde caindo noite e nascendo dia. Experiências malignas que carregam o Deus chifrudo no cangote, antigo contato, sublime rastejante, o dar vazão as coisas que vem da nuca. Chovem liberdades em raios de sol, testemunhas oculares obviamente crivadas assinam mensalmente o óbito em pleno vigor, transparentemente fazem uma construção de vidro que fragiliza a vida transeunte que foto observa. Sabemos que nós vamos e as samambaias ficam brotando como sempre brotaram resistente as frestas. Por isso a saúde de dar vazão aos olhos líquidos e brilhantes das coisas. Ampliamos a nós mesmos podendo chegar a anos de distância que contêm a retardada luz eterna, por executar o terrorismo diário de ver as coisas de um jeito diferente, simplesmente ditas ao que são.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Linear


Linear

Não é pecado construir imagens
a partir do silêncio
a luz do ar, os passos
isso é chamado de forma
pensar é a última coisa

Superfície vidraçada
habita feixes de luz
arquiteta ode

Simbiose homem ao contrário
construção tem a obrigação que
vaguemos por ela
espaço sensorial
jogo reciproco
uma surpresa

terça-feira, 8 de setembro de 2009



Livros escreventes
matando o precavido
ritmando avenidas,
onde a rua poesia
escreve a mão até o ponto

ônibus final
atrasado como o costume
quebrado
logo virá outro

não dará sinal
que poeiras levantem
o braço não será erguido
ao olhar que dirige
palavras do lápis de carpinteiro

afiando estilete
observa a criação poética
diz feições a cara
não vestígios condensam tudo

maior arte
aniquilamento eu lírico.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Acaso objetivo, premunição?

A maioria das mitologias não precisam de respostas exatas, os símbolos dizem por si. Pintores e poetas, grandes feitores e decifradores de símbolos, chegando até a manipula-los:
Reparem nas ligações entre símbolos, datas, nomes e cores.

Agosto, mês em que conclui por acaso o quadro é associado ao mal, não por tanto, que este mês é considerado o mês do Diabo”: Quando Jesus prometeu dar a Pedro(nome de meu filho) as chaves que ligava e desligava as coisas do céu (Mateus 16:19) e logo em seguida chama Pedro de Satanás - “Jesus disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás!” (Mateus 16:23). Assim como prometido, Pedro passou a ter as “chaves” do céu e do inferno. E segundo a lenda é justamente em agosto que o inferno é aberto por ele e o próprio Diabo é libertado. (expressão “o Diabo está solto). Ficando para São Bartolomeu, colocar o Diabo novamente no Inferno.

Além do espírito nacionalista, anarquista, com este quadro quis projetar em meu filho um espírito livre, que por habito pratique a revolução diária da vida. Anarquia ou exu?

Agosto é o mês onde a umbanda comemora o Mês de Exu.
O trabalho com os Exus requer muito cuidado. É fácil ao mau médium dar manifestação como Exu e ser, na realidade, um espírito atrasado, como acontece, também, na incorporação de Criança. Considero o Exu um espírito que foi despertado das trevas e, progredindo na escala evolutiva, trabalha em benefício dos necessitados. O Caboclo das Sete Encruzilhadas ensinava o que Exu é, como na polícia, o soldado. O chefe de polícia não prende o malfeitor; o delegado também não prende. Quem prende é o soldado que executa as ordens dos chefes. E o Exu é um espírito que se prontifica a fazer o bem, porque cada passo que dá em benefício de alguém é mais uma luz que adquire. Atrair o espírito atrasado que estiver obsedando e afastá-lo, é um dos seus trabalhos. E é assim que vai evoluindo. Torna-se portanto, um auxiliar do Orixá. (Palavras de Zèlio Fernandino de Moraes, médium fundador da Umbanda através do Caboclo das Sete Encruzilhadas)
Então, fica a nossa saudação a este povo, pois hoje o Ilê estará realizando suas homenagens a Exu.
Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”. E assim é Exu, o orixá que faz: O erro virar acerto e o acerto virar erro.
Suas cores são o vermelho e o preto, anarquista???
Anarquia de um espírito livre:

Negro é a cor tradicional do anarquismo, e vermelho, (cores usadas conscientemente) foi tradicionalmente adotada pelo socialismo. A bandeira negra-e-vermelha combina as duas cores em partes iguais, com um simples corte diagonal. Tipicamente, a parte vermelha é colocada no topo esquerdo, com o negro no fundo a direita da bandeira. Este ordenamento simboliza a coexistência dos ideais do anarquismo e do socialismo dentro do movimento anarcosindicalista, representando também os meios anarquistas do movimento que têm possuem o anarquismo como meta.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pai de filho homem


Massa e tinta acrílica s/ tela
40X20cm
4prof.

Tela que dei início em 11 de novembro de 2007, dia em que fui avisado que seria pai. Após cinco meses soube o sexo do meninão, Pedro Henrrique Pastore, veio dando título a óbra. Um ano e três meses depois de seu nascimento consegui concluí-la, dia 30 de agosto de 2009. Uma espécie de projeção, nacionalista , anarquista, quinta internacional ou a força de exu. Projeção? poder que a poesia e a pintura tem de ditar/premeditar o futuro.

O contingente da espuma pulmonar



pulmão braço corpo
tronco com braços membros
folhas flor da pele
amêndoas fazem a foto síntese
fruto converge com a realidade externa
raízes que flutuam fincando-se no chão
absurdo é luz que me nutre
imaginação que rega
criatividade fruta do pé
poesia é sustento da comunidade época.


Foto: Camila Peixoto