quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A leitura do mundo precede a da palavra




um texto:


“A vida como é”
diria o milheiro de poetas enquanto o sol ilumina esquentando a carcaça.
O sol marca dez horas da manhã correndo atrás do ônibus que passa caramujo á diezel de avenida. Artifícios veiculares: a vida em repentes crônicas diárias, momentos em solavancos levantam a tampa do bueiro e o subsolo vem a tona.
Aspirais nos conservam, neuroses nos consomem e este vento que sopra de repente respira aliviado, de antemão, a liberdade sombra da arvore existente dentro da gente, contínua e pouco alimentada. Nua benção a quem desfruta frutos matinais, ao fim da tarde caindo noite e nascendo dia. Experiências malignas que carregam o Deus chifrudo no cangote, antigo contato, sublime rastejante, o dar vazão as coisas que vem da nuca. Chovem liberdades em raios de sol, testemunhas oculares obviamente crivadas assinam mensalmente o óbito em pleno vigor, transparentemente fazem uma construção de vidro que fragiliza a vida transeunte que foto observa. Sabemos que nós vamos e as samambaias ficam brotando como sempre brotaram resistente as frestas. Por isso a saúde de dar vazão aos olhos líquidos e brilhantes das coisas. Ampliamos a nós mesmos podendo chegar a anos de distância que contêm a retardada luz eterna, por executar o terrorismo diário de ver as coisas de um jeito diferente, simplesmente ditas ao que são.

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