sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Empilhamos haikais de batalhas perdidas
Todos os dias moldamos uma poesia
Uma só escultura
O céu nublado
pousa quimeras enquanto vida
Arquitetando
Fazendo palpável o impossível
Mar sem ponto e vírgula
Tempestade de idéias
Três frases seria pouco
As estações do ano seria pouco
O contato com a natureza vem em rajadas
Saída das fendas que restam
na mulher que habito
Fazendo sua beleza legível
Não podendo cessar o discurso
Crendo na sombra que ilumina
A lacuna que possuo
Poesia arranha o céu
lugar do encontro
Fazer sertaneja cura
Imagem no avesso da vida
Aqui começa o tempo
Firme como uma pedra inajar
Arvores de avenida
Florescemos mais rápido por conta dos carros
Soluções rasga noções entre bem e mau
Incendiando janelas
Rostos em brasa pura
Gonzos girando por dentro de tudo
dando a outra face do tempo
Lugar solitário do ser
Linha tênue entre a morte e a loucura
Nos desdobramos em cessar a pressa
a espera do próximo

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