quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Recriando um olhar perante o abjeto


redirecionando o olhar
contrariando o cinza imposto
sugerindo uma nova forma de enxergar e interagir a cidade.
desempenhando a força poética contida nas coisa insignificantes

Pça do Maracatu
Sumaré
levando a estética relacional as últimas consequências.

um fundir necessário a vida:



OLHAR PARA BAIXO

Aprendo mais com abelhas do que com aeroplanos.
É um olhar para baixo que eu nasci tendo.
é um olhar para ser menor, para o
insignificante que eu me criei tendo.
O ser que na sociedade é chutado, como uma
barata - cresce de importância para o meu
olho.
Ainda não entendi por que herdei esse olhar
para baixo.
Sempre imagino que venha de ancestralidades
machucadas.
Fui criado no mato e aprendi a gostar das
coisinhas do chão -
Antes que das coisas celestiais.
Pessoas pertencidas de abandono me comovem:
tanto quanto as soberbas coisas ínfimas.

MANOEL DE BARROS

Nenhum comentário:

Postar um comentário