quinta-feira, 1 de outubro de 2009



III
Recolher toda poeira secular
missão do meu hálito
dádiva da passagem
fricção contínua que agita asas superando o vôo
debelando o gênio
mirando em si próprio
retendo ciências nas mãos
pesando o volume de suas noites
juntando coisas por trás de si
domando os equívocos
explorando a simetria das deduções
a debatidura consciente
Ela se apresenta igualmente numa face luzente
conservada em ti a séculos
do vazio
do ruído deste logo que desfecha
ao pé do ouvido
pulsação do próprio coração
O absurdo
próprio local de seu êxito

Soou a hora de partir
de consumar o personagem
além do espelho que leva a ti
sonho que agonizou
frasco de pureza
concretizará a substância simples do nada.

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