terça-feira, 15 de dezembro de 2009


O homem que cuida questões
se entorna poderoso
um olhar a dentro
almejado
Estou pras cobranças
bailando a descida do funil
domando as fendas
falo cutucão
tive que passar por mim

Mística individualista
chora quando da fome
quando quer brincar
tenta esboçar palavras
mas sopra glossolalias
abre portas após me olhar
sem vergonha

Não vou ser Cristo
falar
tirar o corpo
tenho queda profeta
mas vou transpor portais e teorias
me dei a mim
aos manifestos
Impresso
mãos atadas
jovens passeatas
mas na revolução serei adorno
riscando as janelas do crânio
Não posso me incendiar
fico imagens furando a dedo
sou gago
paulatinamente inverto verdades
a quem cego
se preocupou demais com outros
Me canso não sendo individuo
acabo mirabolante
por achar que estou no centro
que aniquila o romantismo
a doença e admirável

não vou atrapalhar o namoro
voyeur
de fora vou ficar nu em pelo

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