sábado, 21 de novembro de 2009

As vozes
tempo se congela a imagens
vou por onde não tem verdades
Ater-me em transbordar
há homem além de mãos e dedos
unhas
componentes que compadecem
faminta o texto no caminhar da perda
escolhi a dor


Desemboco mantra
frente ao cético
decorrendo paixões
desfolhando o sonho
deito sem nuvens
a palavra vem cimento
assume o lugar
construindo
devorando
mancala a profecia
acarreta o pouso do pedaço arrancado
desenha a possa que me afogo lago
sem respirar
enxergo bem feita dor
me cesso
só quando não existo

5 comentários:

  1. é isso ae rapaz.


    é sangue que corre nas veias
    e dos mais vivos.

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  2. escolher a dor é ato de coragem : Camus com
    ´´Memórias do Subsolo´´ : escolher a liberdade de vivenciar a dor até o limite do abismo se não faz sucumbir, eleva, enleva...póetica poderosa, ´´logopaica´´´: aliteração intrinseca: oximoros : paradoxos: versos cortantes anti-cartesianos como todo aquele que questiona o conceito de verdadeiro puro....
    - fez-me lembrar Ginsberg: ´´É DURO COMER MERDA, SEM TER VISÕES´´..... escreve Bruno ! como quem resiste 'a lucidez paralisante.....

    abraço, FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA
    - (13) 81527629
    exponhamo-nos ! só os burgueses tem ´´vida privada´´, nós poetas temos privado jeito de ver a vida.....
    flavioamoreira@uol.com.br

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  3. ´´Aspectos fenomenológicos do método crítico-paranóico´´ - ´´Hoje os novos pintores modernos não acreditam mais em quase nada...
    É totalmente normal que quando não se crê em nada se acaba não pintando quase mais nada. ´´
    - o niilismo deve ser ativo, persistente no questionamento: ceticismo vazio leva ao cinismo mercadológico: viver é fazer com tesão desmedido: sem observar o MERCADO, mas exercer o nobre ofício de erotizar o cotidiano num panteísmo crítico-objetual...o texto que me antecede é do rompimento de Dali com Breton:
    ele nos fala da misteriosa vertigem dos corpos estranhos..... evoco então a vertigem que são encerradas na provisoriedade do poema-móbile.... teus poemas-mobiles: obras abertas do ´´corpo sem orgãos´´ : Deleuze e David Lynch é o que depreendo do que aqui tenho lido..... vc. é fundamentalmente ESCRITOR....
    BARTHES aprovaria: um gongorismo cibernético, um dizer-demais ! conceitos com imagética além do minimalismo careta dos que espacializam o poema, ao invés de POEMIZAR O ESPAÇO como fazes, BRUNO.

    FLÁVIO VIEGAS AMOREIRA
    ( obs- imprima os posts, são LITERATURA INTER-PARES )
    - me escreva mais e mais para o mundo ,cacete !
    flavioamoreira@uol.com.br

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  4. ´´(...) amo tudo que é estranho, só confio em exceções. essa frase eu levaria para um ilha deserta. essa, essa frase. ilha é uma pessoa cercada de mágoas por todos os lados.´´
    Michel Melamed, ´´Regurgitofagia´´
    - Não somos ilhas, des-insulamos: traçamos pontes, istmos, moldados um continente de resistência : Arte.....

    FLAVIO VIEGAS AMOREIRA
    www.revistapausa.blogspo.com
    www.cronopios.com.br
    www.meiotom.art.br

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  5. sige-me também
    www.deletrando.blogspot.com

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