volta e vê
a corrida se legitimar
as asas que ficaram fora dos acontecimentos
as defensivas distantes das coisas que nos levam
as ânsias aferrando, o seco da face debatendo
as não linguagens e transgressões sem iminência, gênesis de seca pimenteira
e revoluções cerradas na sombra
chama da cidade
levante,
nasce de terra aberta como música, exige sereno
observa plantas concentrando as alturas, as manchas dão nome a parede,
aliso o pássaro que como nós carrega dúvida e nome
faz existir arvores,
chão, telhados, postes e onde pouso
vasto na região da pedra de sol abre caminho
reconcilia um vazo de sete ervas e o distante em nós
domingo, 14 de março de 2010
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Gostei da sonoridade do verso: "volta e vê". Curioso "nasce de terra aberta como música".
ResponderExcluirUsaria "as manchas dão nome à parede".
Tem algo trágico e belíssimo em: "aliso o pássaro que como nós carrega dúvida e nome"
E o "reconcilia um vaso de sete ervas e o distante em nós" seria um Paul Celan + Simone.
Tô vendo muito mais coisas instigantes.
Aquele abraço,
Paulo
http://poenocine.blogspot.com/