quinta-feira, 27 de agosto de 2009

cabeça de nuvem





Quebro a métrica de mim mesmo

quando a solidão se dobra esquina.

Viremos praças de infância

rompendo seu formato de chuva

amarrando pneus nas árvores

balançando o chão manifesto.

Cansados subimos a escada

defasado jazz esquecido.

Não aceite o desligamento

garoa ilusória

diariamente faça em si uma orquestra.


Pois meu olho observa além do que não queria ver

a lua assombra fazendo teto

negocio nuvens por ter essa maldade do olhar.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Empilhamos haikais de batalhas perdidas
Todos os dias moldamos uma poesia
Uma só escultura
O céu nublado
pousa quimeras enquanto vida
Arquitetando
Fazendo palpável o impossível
Mar sem ponto e vírgula
Tempestade de idéias
Três frases seria pouco
As estações do ano seria pouco
O contato com a natureza vem em rajadas
Saída das fendas que restam
na mulher que habito
Fazendo sua beleza legível
Não podendo cessar o discurso
Crendo na sombra que ilumina
A lacuna que possuo
Poesia arranha o céu
lugar do encontro
Fazer sertaneja cura
Imagem no avesso da vida
Aqui começa o tempo
Firme como uma pedra inajar
Arvores de avenida
Florescemos mais rápido por conta dos carros
Soluções rasga noções entre bem e mau
Incendiando janelas
Rostos em brasa pura
Gonzos girando por dentro de tudo
dando a outra face do tempo
Lugar solitário do ser
Linha tênue entre a morte e a loucura
Nos desdobramos em cessar a pressa
a espera do próximo

chama

Inaugurando

Xamã andou trezeléguas até ter este blog
rompeu seu ciclo de três em três.
o resto é metáfora
aí vai